Anatel bloqueia aparelhos ilegais de IPTV “gatonet” em nova operação
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou uma grande operação contra a pirataria de TV por assinatura, bloqueando cerca de 80% dos aparelhos que transmitiam ilegalmente o sinal das operadoras de TV a cabo. Segundo a agência, mais de 3 mil servidores clandestinos foram identificados e derrubados desde fevereiro de 2023, quando a ação começou. Estima-se que existam 7 milhões de aparelhos piratas em uso no Brasil, causando prejuízos à indústria e aos consumidores.
A Anatel conta com o apoio do Laboratório Antipirataria, inaugurado em setembro de 2023, que permite rastrear e bloquear até 100 servidores simultaneamente. O laboratório é equipado com 12 telões que mostram os dados captados em tempo real. Os técnicos conseguem interromper o funcionamento dos dispositivos ilegais, garantindo a integridade dos serviços de telecomunicações no país.
O uso dos aparelhos de TV Box piratas é considerado um crime e pode trazer riscos à segurança dos dados dos usuários. Ao se conectar à internet para receber o conteúdo do servidor clandestino, esses aparelhos podem comprometer a rede doméstica e permitir o roubo de informações sensíveis, como senhas e dados bancários.
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Moisés Moreira, coordenador do combate à pirataria na Anatel, alerta para os perigos dessa prática: “Se você estiver com seu celular no Wi-Fi da sua residência, acessando sua conta bancária, ele pode roubar sua senha, seus dados pessoais, e isso é um alto risco para o usuário. Ele tem que ter consciência de que está optando por um serviço mais barato, mas é um serviço pirata, que traz grandes riscos para as redes no nosso país e para ele próprio”.
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A Anatel informou que a operação contou com a colaboração das operadoras de TV por assinatura, das entidades representativas do setor e da Polícia Federal. A agência também alertou que os consumidores que adquirem ou utilizam esses dispositivos estão sujeitos a sanções administrativas e penais, conforme previsto na Lei 12.737/2012, que tipifica os crimes cibernéticos no Brasil.
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